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Cálculos urinários - atualização 2017: incidência aumenta e tratamentos pouco invasivos e modernos.

A Urolitíase (também conhecida como pedra nos rins) é um problema de saúde pública.

A incidência é maior nos homens (cerca de 3 homens são acometidos para cada 1 mulher). A urolitíase é mais comumente encontrada em: brancos, pessoas entre a 3a e a 5a década de vida, justamente na faixa etária mais produtiva, o que resulta em grande impacto financeiro, afastando esse homem ou mulher das suas atividades rotineiras. O Risco de formação de cálculos urinários na vida, varia de 5 – 20%

Problemas de obstrução e dor devido o deslocamento dos cálculos representa 7 a 10 de cada 1.000 admissões hospitalares.

Também é maiscomum na população urbana e relacionada ao sedentarismo.

A taxa de recidiva chega a ser 65% em 5 anos.

A principal causa é o fato de uma vida corrida e o esquecimento de beber a quantidade de líquidos necessária para diluir as substâncias excretadas na urina e que, irão servir de núcleo formador da futura pedra.

Baixa hidratação e, consequente, menor volume urinário diário, baixa de ingesta de frutas cítricas (que contém o citrato que impede a formação de cáclulos na urina), problemas metabólicos, gota, obesidade, diabetes, ingesta de certos medicamentos, história familiar de pedras nos rins, etc, são relacionados com um maior risco portanto.

Em pessoas com urolitíase recorrente, devemos proceder uma investigação minuciosa, para identificação dos fatores relacionados, sugerindo condutas que previnem a recidiva.

Essa investigação metabólica é feita com exames laboratoriais sanguíneos, urinários e do próprio cálculo.

DIAGNÓSTICO

Atualmente, o exame de escolha para diagnóstico da urolitíase é a tomografia computadorizada SEM constraste e com protocolos de menor incidência de radiação.

Tomografia para o diagnóstico dos cálculos urinários.

TRATAMENTOS

O urologista tem a sua disposição múltiplas modalidades terapêuticas, podendo individualizar o tratamento para cada caso.

Tratamentos Clínicos

  • Sintomáticos (Anti-inflamatórios + opióides)

  • Profilático (dieta, tiazídicos, aluporinol...)

  • Dissolução do cálculo (alcalinização da urina...) cistina, ácido úrico...

  • Tratamento medicamentoso expulsivo (a-bloqueadores e anti-inflamatórios)

  • Intercurso e atividades

LEOC (litotripsia extracorpórea por ondas de choque)

Na década de 1980, o urologista alemão Christian Chaussy e colaboradores, originalmente descreveram a LEOC para tratamento externo de cálculos. Atualmente, a LEOC continua a ser desenvolvida e uma nova geração de litotriptores extracorpóreos vem sendo constantemente otimizada.

Apesar da LEOC ainda ser utilizada em muitos locais, as taxas de sucesso são menores que os modernos ureteroscópios e nefroscópios. Além disso, a LEOC não é livre de complicações.

CIRURGIA

Ureteroscópios modernos com calibres reduzidos que permitem acessar todo o sistema urinário, inclusive cirurgias intrarenais sem cortes.
  • Endoscópica (ureteroscopia semi-rígida ou flexível, cirurgia nefrolitotripsia percutânea)

  • Laparoscópica ou robótica

  • Aberta

  • Foto (acima) imagem dentro do rim com ureteroscópio flexível

  • Foto (ao lado) uso do laser pulverizando o cálculo

  • Uso de litotriptores (aparelhos que fragmentam e/ou pulverizam os cálculos): os aparelhos atuais de laser permitem, conforme a programação escolhida pelo urologistata, fragmentar as pedras em porções menores ou até pulveriza-las.

Se infecção urinária está presente, inicialmente opta-se por derivar a urina obstruída e prescrever antibióticos, para, em seguida, retornar com o tratamento endourológico minimamente invasivo, minimizando o risco de aumentar a pressão intrarenal e a consequente disseminação da infecção.


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